CBF mandou carta aos clubes contra Luciano

Ídolo da torcida do São Paulo, o atacante Luciano é o artilheiro da temporada da equipe comandada pelo técnico Luis Zubeldía. O jogador acumula 16 gols marcados e mais duas assistências em 54 duelos disputados. Além de seus gols, o camisa 10 é conhecido por seu temperamento explosivo e às vezes provocativo.

Luciano foi muito criticado na temporada passada, quando comemorou um gol chutando a bandeirinha do Corinthians, na Neo Química Arena. Durante a derrota por 2 a 1 para o rival, pela ida da semifinal da Copa do Brasil, o atleta mandou a bola para o fundo das redes e correu para a direção da bandeira de escanteio.

A comemoração do são-paulino irritou os corintianos, que partiram para cima do atacante. Ele acabou recebendo um cartão amarelo e foi suspenso do jogo de volta, vencido pelo São Paulo por 2 a 0. O Tricolor acabou campeão da Copa do Brasil posteriormente. 

Outro atleta que foi punido pela mesma comemoração foi o meia Raphael Veiga, do Palmeiras. O jogador chutou a bandeirinha celebrando um gol contra o Atlético-MG, pela Libertadores, e diante do Cuiabá, contra o Cuiabá.

O que disse a CBF?

Depois das repercussões polêmicas envolvendo os casos, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) decidiu se pronunciar enviando uma nota aos clubes brasileiros. Atual presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Seneme, deixou claro que a decisão de punir ou não os atletas é da responsabilidade dos árbitros, de acordo com suas interpretações. Se o ato for promovido, o atleta deve receber o cartão amarelo. 

“A regra do jogo não proíbe e não pode proibir. Ela não tem textualmente isso, que chutar a bandeirinha é igual a cartão amarelo. Isso não corresponde, mas nós, dentro de uma prevenção, enviamos a todas as federações para passar aos clubes essa nota. ‘Solicitamos também especial atenção dos atletas e membros da comissão técnica para que respeitem o texto da regra no que se refere às comemorações de gols provocativas, debochadas ou inflamatórias; incluindo as que possam ser interpretadas desta forma pelo árbitro, como golpear ou chutar as bandeirinhas de escanteio”, explicou Wilson Seneme.