Quando Luiz Gustavo pode voltar? Médicos explicam situação
Depois do caso de tromboembolismo pulmonar, Luiz Gustavo já recebeu alta do Hospital Albert Einstein. Entretanto, ainda não há uma data de retorno aos treinos, tampouco aos gramados. Segundo especialistas, os médicos deverão descobrir a origem do problema para uma nova avaliação. Em entrevista ao UOL, André Albuquerque, coordenador de Pneumologia da Rede D’Or de São Paulo, explicou que há dois tipos de embolia, e que o tratamento dependerá diretamente da gravidade do problema.
“Provocada é quando, por exemplo, o atleta sofre um trauma na perna, ocasionando uma trombose em uma veia profunda. Se a embolia não foi provocada, é preciso fazer uma avaliação médica para verificar se há, ou não, uma predisposição para ter esses trombos. O tratamento vai depender da gravidade da embolia pulmonar. Nos casos leves, sem maiores gravidades, o tratamento mais comum é usar um anticoagulante, evitando a formação de novos trombos. Os casos mais graves são, principalmente, aqueles em que há uma sobrecarga no coração. O grande risco da embolia pulmonar é gerar essa sobrecarga”, iniciou.
Flávia Magalhães, médica do esporte que trabalha com futebol há mais de duas décadas, alertou sobre os riscos de tromboembolismo pulmonar após viagens longas de avião. ALém disso, uma pessoa que já teve um caso pode acabar tendo novamente.
“Ter um episódio de tromboembolismo aumenta o risco de episódios recorrentes. Logo, é importante definir se há causas genéticas ou episódios decorrentes de viagens longas, lesões ortopédicas. O retorno competitivo exige avaliação médica rigorosa, inclusive pode ser necessário exames de imagem e testes de capacidade física. Em casos de viagens longas, sugere-se o uso de meias compressivas, hidratação adequada antes e durante o voo”, disse Flávia Magalhães, também ao UOL.
Prazo para os treinos revelado
Em relação ao retorno aos treinos, André Albuquerque alerta que pode demorar entre duas semanas a um mês em casos leves. Contudo, caso a avaliação for grave, Luiz Gustavo pode ficar até três meses fora.
“Geralmente o uso de anticoagulantes é de 3 a 6 meses, podendo ser estendido se houver fator de risco persistente ou recorrência. No esporte há risco de sangramento em traumas. Após o diagnóstico de tromboembolismo é importante descobrir o fator desencadeante, que pode ser feito através de pesquisas de predisposição genética e de distúrbios de coagulação – trombofilias”, concluiu.