Gustavo Villani revelou maneira curiosa de como ele aprendeu a narrar

Considerado um dos melhores narradores da nova geração, Gustavo Villani, que atualmente trabalha na Globo, também integra o time da Electronic Arts. Ainda em 2020, ele foi anunciado como o novo locutor da franquia FIFA, agora chamada de EA FC, substituindo Tiago Leifert, que estava à frente do projeto há oito anos.

Em entrevista ao portal The Enemy, Villani contou que aprendeu a narrar através dos videogames, e se mostrou muito feliz e grato pela oportunidade de trabalhar no jogo. Ele segue sendo a “voz brasileira” do EA FC desde a edição de 2021.

“Foi muito prazeroso, já que como eu já narrei todas as situações do FIFA na vida real não tive nenhuma surpresa – ou tive, mas muito pouco. É uma diferença com o Tiago: o Tiago é um grande comunicador, um grande gamer. Então ele conseguia trazer comandos do jogo pra narração, que é algo que eu não tenho, sou um pereba. Já joguei – aprendi a narrar jogando videogame também, além de botão etc. e tal -, mas sou um narrador, eu não consigo fazer essas brincadeiras”, comentou.

Villani chegou a ser especulado como novo narrador do game desde 2019, mas a informação foi confirmada apenas no ano seguinte. O profissional revelou que muitas horas foram necessárias para gravar suas falas no game.

“Foram 80 sessões de gravação, 5 horas de gravação cada e intervalos a cada hora, hora e dez [minutos] pra eu poder descansar. Deram exatamente 366 horas de gravação entre os meus jogos na televisão, programas, viagens, hotel, aeroporto, enfim…Então não foi fácil, mas eu me diverti muito e acho que a importância do jogo é imensa”, prosseguiu.

Villani sente aproximação com a camada mais jovem

Ainda na mesma entrevista, Gustavo Villani contou que foi procurado pela Electronic Arts depois de uma pesquisa de público e mercado. Visando manter um perfil mais jovem, a empresa escolheu o ex-narrador da ESPN E Fox Sports para o cargo.

“Poxa, eu jogava FIFA em casa me divertindo, brincando, antes de me imaginar narrador – já faz 10 anos que eu narro, desde que eu saí da função de reportagem pra passar a ser narrador. A EA chegou até mim por pesquisa de público, por querer manter um perfil jovem. Eu acho que me encaixo nessas situações: tenho pouca idade, [grande] alcance – até em função das transmissões para milhões de pessoas que a gente faz na televisão – e mantenho a linguagem, falando para todos os públicos”, finalizou.