Para comemorar até de manhã: Gerson já assinou com o São Paulo
Tratado como uma lenda absoluta do futebol brasileiro, Gerson completou 84 anos de idade no último dia 11 de janeiro. O ex-meia é considerado um dos maiores jogadores da história do país e defendeu as cores do São Paulo entre 1969 e 1972, tendo fincado seu nome na memória do torcedor tricolor até hoje.
A contratação foi bancada pelo presidente da época, Laudo Natel, que deu o nome ao Centro de Formação de Atletas (CFA) de Cotia, lar dos jovens das categorias de base do clube. O Tricolor passava por uma fase de entusiasmo da torcida, já que o Morumbis tinha acabado de ser construído.
O “Canhotinha de Ouro” foi recebido com a missão de quebrar o jejum de 13 anos sem conquistar um título. Na época, o São Paulo “segurou as pontas” por conta da construção do novo estádio, e não havia montado equipes tão competitivas. O último troféu conquistado havia sido no Paulistão de 1957.
Gerson fez parte de alguns reforços de peso contratados na época. A postura do presidente Laudo Natel era clara, e o clube só gastaria após a finalização das obras:”Só com a casa pronta que vamos mobiliá-la”. A equipe contava com diversos nomes de peso como Pedro Rocha, Pablo Forlán, Toninho Guerreiro, Edson Cegonha, entre outros.
Anos 70 e títulos pelo São Paulo
Gerson atuou no torneio de inauguração do Morumbis (com todos os setores de arquibancada), então chamado Estádio Cícero Pompeu de Toledo. No dia 25 de janeiro de 1970, o Tricolor empatou em 1 a 1 contra o Porto, de Portugal, diante de 107.869 são-paulinos presentes.
O ex-meia foi titular da Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1970, conquistada pela própria Amarelinha. Contribuiu com um gol na final diante da Itália e retornou a capital paulista para ajudar o São Paulo.
Gerson acabou com o jejum do Tricolor e levantou a taça do Campeonato Paulista daquele mesmo ano e também em 1971, mesma temporada do vice do Brasileirão. Deixou o São Paulo em 1972 para jogar no Fluminense.