São Paulo perto de assinatura para receber R$ 180 milhões em reforços

O São Paulo avançou nas conversas pela parceria com o empresário Evangelos Marinakis, referente a um investimento nas categorias de base de Cotia. Antes do sorteio dos grupos da Libertadores da América, realizado na última segunda-feira (17), em Luque, no Paraguai, o presidente Julio Casares confirmou que o acordo está próximo.

“Ele (Marinakis) está cada vez mais próximo, pois veio ao Brasil há oito meses com o desejo de me conhecer. Fui duas vezes a Londres, e as negociações estão bastante avançadas, com trocas de documentos em andamento. Esperamos que em breve possamos fazer o anúncio de forma responsável. Após a assinatura, vamos submeter ao conselho para aprovação e discussão. Não tenho dúvidas de que será um divisor de águas“, disse o mandatário, no evento realizado pela Conmebol.

Em tese, a maior parte do investimento do empresário grego seria no Centro de Formação de Atletas (CFA) de Cotia. Diante disso, Marinakis teria direito a um percentual das vendas dos jogadores das categorias de base.

Planejamento do São Paulo

A ideia é que o grego realize um investimento aproximado de R$ 600 milhões inicialmente. Deste valor, 40% (cerca de R$ 240 milhões) seria destinado em Cotia, enquanto 30% iria para contratações e melhorias no time profissional.

O restante, ou seja, 30% (R$ 180 milhões), seria alocado para sanar algumas das dívidas do São Paulo. Caso o acorde se mantenha de pé, o aporte financeiro se repetirá daqui a cinco anos, ou seja, em 2030, ano do centenário do clube.

“Não se trata da venda da base. O patrimônio é do São Paulo, o clube permanece majoritário e continuará revelando talentos. O São Paulo vai receber jogadores semi-prontos, com potencial para atuar no profissional, trazendo não só desempenho esportivo, mas também ativos comerciais. Vamos estabelecer uma ponte aérea mais rápida para a Europa. O jogador que chegar ao São Paulo sabe que, após dois ou três anos de boa performance, pode estar jogando na Europa, seja no Nottingham Forest, no Olympiacos ou no Rio Ave. Será uma plataforma esportiva, não apenas um braço financeiro”, finalizo Casares.