O Flamengo vai acionar oficialmente a Fifa para buscar uma indenização após a grave lesão do atacante Pedro. O jogador rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo durante treinamento da Seleção Brasileira nesta quarta-feira (4), e ficará um bom tempo fora dos gramados.
Para casos como este, a Fifa disponibiliza o Programa de Proteção ao Clube. Ou seja, caso o atleta fique fora por mais do que 28 dias por lesão sofrida à serviço de sua seleção, o clube pode entrar com recurso.
“Em linhas gerais, esse programa paga até 7,5 milhões de euros ao clube que tem o atleta lesionado, limitado a um ano e proporcional ao salário do jogador e ao tempo da lesão”, disse o advogado Felipe Pestana, em contato com o UOL Esporte.
Como a lesão do atacante flamegusta é grave, e demanda um longo de empo de recuperação, o Rubro-Negro poderá embolsar até R$ 46,7 milhões com o Porgrama de Proteção ao Clube.
“Por exemplo, se o jogador ficar afastado dez meses, o teto seria o valor proporcional a dez meses, tendo como base que 7,5 milhões de euros é o valor referente a um ano. E também é limitado ao salário fixo do jogador nesse período. Ou seja, se ele ganha mais do que o proporcional a 10 meses de 7,5 milhões, a cobertura vai até esse valor proporcional. Se ganha menos, a cobertura ‘desce’ até cobrir o valor efetivo de salários no período”, completou Pestana.
O que o São Paulo tem a ver com essa estratégia?
Vivendo situação complicada no âmbito financeiro, o São Paulo também poderá receber este dinheiro, mas por um prejuízo alto a se pagar. Isso caso algum jogador convocado acabe se machucando. No caso do Tricolor, apenas Lucas Moura foi convocado pelo técnico Dorival Júnior para atuar nas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.
Vale destacar que o clube deixa de receber o dinheiro a partir do momento em que o atleta volta aos treinamentos. O primeiro clube brasileiro a acionar o mecanismo foi o Santos, em 2015, quando o colombiano Valencia se machucou defendendo seu país.