São Paulo toma atitude para a chegada de “novo Lucas Moura”

Referência a todos os jovens de Cotia, Lucas Moura se tornou ainda mais ídolo do São Paulo. Depois de surgir nas categorias de base do Tricolor, se tornou uma estrela em ascensão, fez uma ótima carreira na Europa e retornou ao clube do coração, se sagrando campeão da Copa do Brasil e da Supercopa. Por sinal, o camisa 7 vem dando exemplo tanto dentro quanto fora de campo, como conta Eduardo Rauen, nutrólogo e médico do camisa 7.

“Tem um menino aqui na base que eu atendo que tem o mesmo empresário do Lucas. Ele veio me contar que o empresário dele foi numa pizzada na casa do Lucas e que na hora de comer, o Lucas apareceu com o arroz integral e frango (risos). Quando comecei com ele, ele tinha 12% de percentual de gordura. Hoje tem 5,5%”, revelou, em entrevista ao Globo Esporte.

Visando encontrar um jogador como Lucas, o São Paulo realizou uma modernização no CT de Cotia. O clube inaugurou novos equipamentos da sala que recebeu o nome de “Tecfut”, que nada mais é do que um centro de tecnologia, ciência e metabolismo no futebol.

De acordo com divulgação do Globo Esporte, o local conta com aparelhos de última geração adquiridos através de parcerias, que auxiliam no filtro de informações e diagnósticos de desempenho dos atletas. Além do mesmo Eduardo Rauen, a sala conta com o Danilo Marcelo, cientista do esporte, e outros profissionais como preparadores físicos e fisiologistas.

“No laboratório, a gente quer monitorar anormalidades ou deficiências no corpo do atleta em relação ao uso do oxigênio. O atleta que tem baixa capacidade do uso de oxigênio no corpo, a recuperação dele não é a mesma, tanto nos estímulos de alta intensidade dos jogos como em sua recuperação. Então faremos um monitoramento de todas as categorias e vamos individualizar os protocolos. A gente quer investigar os detalhes e fazer o atleta ter um melhor desempenho”, disse Danilo.

SPFC deve adaptar rotina de cada jogador de Cotia

Toda a coleta de informações é feita através das próprias máquinas, que identificam atletas que estão com maior desgaste físico, além de diversas outras estatísticas que ajudam na melhora do desempenho, como explica Eduardo Rauen. Desta forma, cada atleta tem uma rotina específica.

“Sei que tenho um atleta que está deficiente, incapacitado fisicamente. Então usamos isso para o suporte nutricional. Sei quantos gramas por minuto ele gasta de glicogênio, o quanto ele tem de comer. Um dos equipamentos nos dá a taxa metabólica basal. Ou seja, um atleta A gasta 2.500 calorias em repouso e o B gasta 1.800. São atletas que precisam comer quantidades diferentes. Aí veremos o que ele vai comer em casa, pré e pós-jogo. E para a comissão técnica, passaremos que tipo de treinamento ele precisa fazer”, finalizou Eduardo.