Demitido por dirigir bêbado, ex-jogador do São Paulo quer nova oportunidade

Criado e formado nas categorias de base do São Paulo, o atacante Ademilson vive um recomeço de carreira. Depois de passar um bom tempo no futebol asiático, o jogador voltou ao Brasil e aos 31 anos, defende as cores do Água Santa. Apesar do foco total na equipe, o jogador deixa claro que pretende receber uma nova chance entre os grandes do país.

“Aceitei esse desafio, estou muito feliz de estar aqui e espero terminar esse campeonato bem, deixar o Água Santa onde ele deve ficar, que é na primeira divisão, e depois disso ver o que vai ter para mim de portas abertas e seguir minha carreira”, disse Ademilson, em entrevista ao Globo Esporte.

O brasileiro retornou ao país natal depois de quase dez anos jogando na Ásia. Depois de duas temporadas na China e sete no Japão, passou por um momento turbulento em sua vida pessoal e carreira. Na ocasião, foi demitido após dirigir embriagado e causar um acidente em Osaka. Na época, defendia as cores do Gamba Osaka e era o artilheiro da equipe.

“Aconteceu para eu mudar também nesse sentido. Claro que eu deveria mudar sem precisar passar por isso, mas isso também é importante. E estou muito arrependido de ter saído desse jeito de lá, porque era um time que eu já estava havia cinco anos, um país que estava há seis anos. Então, por tudo que eles fizeram por mim e pelo respeito que conquistei lá, deveria ter saído de outra forma. Fiquei muito triste, muito chateado da forma que saí”, prosseguiu.

Japoneses não perdoaram o brasileiro

A conduta e o episódio não foram tolerados pelos japoneses, que afastaram o jogador do elenco e o demitiram dois meses depois. Ademilson admite a culpa e respeita a decisão do clube. Agora, espera brilhar no Água Santa neste recomeço de carreira no Brasil.

“Não tem conversa, não tem justificativa. Não tem, ‘ah, mas é que eu tomei uma ou tomei cem ou tomei duzentos’. Não tem conversa. Se você tomou e fez, ou você fez alguma coisa errada que sabe que é errado, não tem conversa. É disciplina, a educação deles é gigante e não tem justificativa. Você sabe o que é errado e vai pagar por isso. E foi o que aconteceu comigo”, finalizou.